“Refúgio II: Casa Temporária” em Nevele, Bélgica, por Wim Goes Architectuur BVBA
Na sequência da usina para a barragem "Foz Tua" de Souto Moura, apresentamos o vencedor do Prêmio Nacional BigMat Belgium'19, um projeto que prevê a arquitetura e o processo de construção para ajudar aos enfermos, não apenas fisicamente, mas também mentalmente. nível psicológico.
O refúgio II envolve o desenvolvimento de um espaço temporário adequado para hospedar um paciente com uma doença terminal ELA. O uso de materiais básicos e tecnologia simples permite que mais de cem pessoas, familiares e amigos do paciente estejam envolvidos na construção do Refúgio, oferecendo apoio moral à condição do paciente e transformando uma situação de sofrimento em uma experiência em que o valor da comunidade e dos laços afetivos são redescobertos.
Refugiados II: Casa Temporária, 2015, Nevele, Bélgica, Wim Goes Architectuur BVBA © Filip Dujardin
A arquitetura traz, assim, uma mensagem de amor, amizade e solidariedade, que pode tornar a fase final de uma doença com mais dignidade e menos sofrimento, renovando um sentimento de esperança entre as pessoas envolvidas. A facilidade com que os elementos de construção podem ser desmontados e a completa reciclagem dos materiais oferecem uma metáfora que reflete o ciclo de vida.
Refúgio II: Casa Temporária em Nevele, Bélgica, por Wim Goes Architectuur BVBA
Prêmio Nacional BigMat Bélgica'19
Uso: Centro de reabilitação
Localidade: Flandres, Belgique
Arquitetos: Wim Goes Architectuur
Área: 71.0 m²
Ano: 2014
Descrição do texto fornecida pelos arquitetos
Primavera
Fomos solicitados pelo nosso cliente, diagnosticado com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), para adaptar sua casa de olho no futuro. Depois de nos encontrarmos com o ergoterapeuta, sabíamos que não tínhamos tempo de sobra, considerando a natureza agressiva da condição. O refúgio II é um projeto temporário.
A garagem de concreto existente foi escolhida para o projeto devido à limitação na adaptabilidade da casa existente.
Obviamente, uma planta sem barreiras era uma grande preocupação, mas o que me pareceu ainda mais importante foi a acessibilidade mental.
Não há esperança para curar.
Há uma necessidade de uma esperança universal, ajudando um ao outro, envolvimento, engajamento, amizade além dos limites.
Como podemos fazer arquitetura com isso?
Por que não construir com amigos e familiares?
Com materiais que todo mundo conhece desde a infância.
Palha e areia referindo-se ao playground, o cheiro, a memória…
Verão
Mais de cem amigos e familiares contribuíram na construção do Refúgio II.
Com tutoria de / e trabalhos mais complicados realizados por profissionais como o sistema de aquecimento e ventilação sustentável (com recuperação de calor) ou a domótica para gerenciar as portas, cortinas, iluminação, ... controláveis ??pelo cliente.
Durante a construção, café, chá, comida, cerveja e vinho foram servidos para celebrar a vida.
Outono
Todos os envolvidos se reconheceram no Refúgio II.
Eles fizeram parte disso, criou uma acessibilidade mental.
O foco mudou de doença e morte para esperança e futuro.
Inverno
Tudo será levado embora.
83% do projeto (palha e barro) serão espalhados pela paisagem como fertilização.
O equipamento técnico (patrocinado) será devolvido. Vidro, metal, madeira ... serão reciclados.
Paralelamente a essa atitude, e acima de tudo, há um investimento humano. O ritual.
O ciclo da vida.
A arquitetura também é capaz de exibir uma mensagem de otimismo e esperança ainda que vivemos momentos difíceis, onde somente a colaboração, apoio e ajuda podamos entre todos salir adelante.
Para ampliar informações, com relação ao projeto também pode consultar aqui
https://www.bmiaa.com/refuge-ii-temporary-house-in-nevele-belgium-by-wim-goes-architectuur-bvba/
